Foto: Reprodução/RPC
Por g1
Uma mulher que trabalhou como vendedora de medicamentos em Curitiba será indenizada em R$ 15 mil por danos morais, após processar a empresa em que trabalhava. O processo foi motivado pelas posturas machistas e sexistas por parte do ex-gerente dela, que chegou a pedir que ela usasse saias curtas para favorecer vendas.
Essa é uma decisão em segunda instância, concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região. A sentença foi publicada no dia 25 de fevereiro relator, o desembargador Arion Mazurkevic, mas foi divulgada nesta semana.
O g1 teve acesso ao documento, que aponta que o ex-gerente insinuava com frequência a maneira com que a vendedora deveria se vestir e se apresentar nos momentos em que visitava médicos para vender produtos.
Em depoimento, a vendedora disse que teve que suportar pressões, maus-tratos e perseguição em um ambiente de trabalho hostil. Ela também revelou que chegou a desenvolver estresse e depressão, que a levaram ao esgotamento emocional.
Diante disso, o relator considerou que a vendedora sofreu danos morais e foi estereotipada devido ao gênero pelo gestor. Ele ainda avaliou que a mulher foi vítima de um tratamento degradante e passou por pressão psicológica e terrorismo moral por parte do ex-gerente.