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Opções de entretenimento online que são cada vez mais populares no Paraná

9 de junho de 2025

Foto: IA

Num sábado de chuva fina em Curitiba, tão frequente no outono, muita gente já troca o passeio ao shopping por programas 100% digitais, do streaming de séries ao jogo de celular que recria cartões-postais da capital. A popularidade dos serviços de streaming ajuda a explicar por que o Paraná está entre os estados com maior consumo de vídeo online.

Dados da Kantar Ibope apontam que, no Brasil, as plataformas digitais chegaram a 20,1% da audiência total de televisão em dezembro de 2024, o YouTube domina com 12,6%, seguido pela Netflix (4,6%) e pelo Globoplay (1,1%). Quem topar assinar “todos os streamings” desembolsa hoje cerca de R$380 mensais, segundo a Watch.

Uma alternativa de economia doméstica muito presente em fóruns são os cartões-presente, que geralmente oferecem descontos em serviços de entretenimento. A novidade é que eles podem ser comprados com criptomoedas. Uma pesquisa da Datafolha mostra que 15% dos brasileiros já investem em criptoativos, superando até a Bolsa de Valores entre as escolhas de quem aplica em renda variável.

Uma carteira Bitcoin abre muitas portas, até mesmo para quem está buscando se divertir online. Ela funciona como a entrada para assinaturas pagas com criptomoeda, compra de gift cards e até doações a criadores de conteúdo. O mercado de entretenimento online brasileiro é bem variado. Mesmo quem prefere conteúdos locais encontra boas novidades.

Em março, a RPC lançou um game gratuito para celebrar os 332 anos de Curitiba. No aplicativo, o usuário desafia os amigos a reconhecer fotos antigas de pontos turísticos e ganha selos virtuais a cada acerto, prova de que entretenimento digital também pode valorizar a história da cidade. O jogo está disponível no app Você na RPC.

Nos bastidores, a infraestrutura de internet vem avançando. A PNAD TIC do IBGE aponta que 87,2% dos brasileiros acima de 10 anos já usaram a rede em 2022, e a região Sul lidera em acesso público gratuito em escolas e praças. A democratização da banda larga cria um terreno fértil para lives de e-sports, por exemplo.

Torneios de Valorant e Free Fire transmitidos pela Twitch chegam a reunir mais de 50 mil espectadores simultâneos em finais nacionais, segundo números das próprias ligas. O interesse por cripto também aparece nos pagamentos dentro de games e marketplaces.

Nas lojas Steam ou Epic, o caminho mais comum continua sendo o gift card, comprado com moedas digitais numa exchange e resgatado em reais no jogo, mas títulos play-to-earn criados em blockchain ganham força e distribuem tokens negociáveis em corretoras locais. No fim das contas, o entretenimento online no Paraná já não se limita a maratonar séries.

Ele mistura cultura local gamificada, finais de campeonato vistos pelo celular, e até mensalidades pagas direto da wallet. A tendência mostra que o Brasil adota tecnologia depressa, e transforma cada novidade em tópico de discussão.