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‘Morango do amor’ faz preço da fruta disparar 77%. De onde vem a nova ‘febre’ no Brasil?

29 de julho de 2025

Foto: Reprodução/Youtube

Por Valor Investe

Um rápido passeio na feira dominical na zona sul de São Paulo mostra os efeitos de mais um viral nas redes sociais:

– Duas ‘sai’ por R$ 15, senhora!

– Então 15 reais pelas duas caixas…

– Não! 15 cada caixinha. O preço do morango subiu muito, duas por 15 não cobre nem o custo lá na Ceagesp

A mesma caixa de 250 gramas de morangos vendida para além dos R$ 20 perto da barraca do pastel beira os R$ 10 na outra ponta do mercado. É fim de feira. O segundo vendedor trabalha com uma estrutura mais simples. Seria essa a xepa dele?

É a lei da oferta e demanda em pleno exercício. Poucos visitantes percorrem aquela feira até a ponta onde os morangos estavam mais baratos, região em que as barracas de brinquedos, panos de prato e temperos ficam mais espaçadas e já quase encontram a avenida.

  • Desde que o “morango do amor” se tornou uma febre nacional, o preço da caixa do morango disparou. De acordo com dados da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), o preço médio do morango no estado saltou 77% só neste mês. Uma caixa de morango comum (que tem entre 1,2 e 1,5 quilo) custava em média R$ 27 no dia 1º de julho e, em 28 de julho, seu preço médio ultrapassa R$ 48.

Supondo que uma caixa média renda cinco bandejas de 250 gramas de morangos, a embalagem sai de um custo de R$ 5,40 para R$ 9,60 nesse período, considerando apenas os gastos de feirantes com a compra da fruta na Ceagesp.

O fenômeno está ligado à viralização da receita de um doce à base de morango no TikTok, Instagram e afins. É inverno, temporada do morango, que tem o auge da colheita no Brasil entre julho e agosto. Seria natural que o preço da fruta caísse. Mas essa tendência foi revertida depois que a demanda pela fruta disparou.

Dados divulgados pelo iFood mostraram que os pedidos pelo “morango do amor” saltaram de 11 mil em junho para 275 mil em julho, um crescimento de mais de 2.300%. Mais de 94% de todos os pedidos do ano foram concentrados neste mês.

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