Foto: Arquivo da família/Polícia Militar do Paraná
Por g1
O Tribunal do Júri condenou Tânia Djanira Melo Becker de Lorena a 27 anos, 1 mês e 15 dias de prisão por matar a própria filha para ficar com a guarda do neto.
O julgamento, realizado em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, começou na quinta-feira (18). A sentença foi lida por volta da meia-noite desta sexta-feira (19).
O crime aconteceu em fevereiro de 2007, em Quatro Barras, também na Região Metropolitana. Em maio de 2024, Tânia foi presa em Marilândia do Sul, no norte do Paraná. Segundo a Polícia Militar, a mulher foi localizada em uma casa, por meio de denúncias anônimas, dois dias após o caso ganhar repercussão nacional ao ser exibido no programa Linha Direta, da TV Globo.
Os jurados a condenaram pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de asfixia e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Por meio de nota, a defesa de Tânia Djanira Melo Becker de Lorena afirmou que recorre da sentença.
“A defesa de Tânia Becker manifesta seu inconformismo com a condenação imposta pelo Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul e informa que já interpôs recurso de apelação. O objetivo é buscar a reforma do veredicto e o restabelecimento da justiça, com plena observância das garantias constitucionais e do devido processo legal”, diz a nota, assinada pelos advogados Peter Kelter, Marcus Pavinato, Marcelo Jacomossi, Débora Ribeiro e André Marques.
O advogado Samuel Rangel, assistente de acusação que representa os filhos da vítima, comemorou a decisão.
“A condenação representa um alívio para os filhos da vítima, que conviveram com a dor e a impunidade por tanto tempo, e é uma resposta firme do sistema de Justiça”, diz a nota de Rangel.