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Brasil com menos álcool: consumo de cervejas sem álcool no país cresceu mais de 200%

3 de novembro de 2025

Foto: Ambev e Diageo

Por g1

Aos 23 anos, Gabrielle Ribeiro decidiu parar de consumir bebidas alcoólicas. Reuniu todas as garrafas que tinha em casa e as colocou dentro de um saco de lixo.

A influenciadora digital trocou as festas por noites de sono, os dias de ressaca por trilhas matinais e os copos de drinks por suplementos. Perdeu 16 quilos, passou a economizar até R$ 300 por semana e, de quebra, conquistou milhares de seguidores ao compartilhar a sua história nas redes sociais.

“Parar de beber foi a melhor coisa que eu fiz por mim. É mais interessante acordar no domingo e postar foto de uma medalha de corrida do que ficar com aquela ressaca moral”, brinca.

Gabrielle não está sozinha. Cerca de 53% dos brasileiros que consomem álcool reduziram a ingestão no último ano, segundo o Datafolha. A pesquisa ouviu 1.912 pessoas.

Entre os jovens da geração Z, de 16 a 30 anos, apenas 45% afirmam beber — bem menos que nas gerações anteriores, aponta uma pesquisa da MindMiners feita com 3 mil pessoas. Já entre os Millenials (que hoje têm entre 31 e 41 anos) 57% mantêm o hábito. Na geração X (entre 42 e 61 anos), o número sobe para 67%, e entre os Boomers (entre 62 e 78 anos), chega a 65%.

O bem-estar, a estabilidade emocional e o controle financeiro estão entre as razões que têm levado muita gente a repensar sua relação com o álcool.

Nem todos, porém, passaram por uma ruptura como a de Gabrielle. Há quem nunca tenha se identificado com o sabor ou com a ideia de beber. É o caso de Rayane Moreira, que cresceu vendo o álcool causar conflitos em casa.

“Como é que eu vou beber para espairecer e trago problemas para dentro de casa?”, questionava ainda na adolescência. Mesmo depois de deixar uma religião que proibia o consumo, ela manteve a decisão.

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