Foto: Arquivo Pessoal
Por 98FM
O sonho de se tornar atletas de alto rendimento levou as curitibanas Sarah e Helena Pires a se descobrirem na esgrima em 2023, durante um projeto social da Prefeitura de Curitiba chamado Curitiba em Movimento. Hoje, as jovens são federadas pela Confederação Brasileira de Esgrima e estão entre as quatro melhores atletas do país em suas categorias. Nos últimos dois anos, já foram convocadas para competições internacionais, como o Sul-Americano e o Pan-Americano infantil, conquistando medalhas e posições de destaque.

Foto: Arquivo Pessoal
Para a mãe das meninas, Andressa Pires, seu papel é apoiar os sonhos das filhas, acompanhando treinos diários e competições nacionais e internacionais. “Elas descobriram a esgrima e se apaixonaram pelo esporte. Minha função, junto com o pai, é estar presente, apoiar e incentivar. Queremos que elas vivam cada fase da vida de forma natural, mas também aprendam disciplina, comprometimento e competitividade”, explica.
O projeto das meninas, o PIRESBRA, uma junção do sobrenome e do código do Brasil carregam uma missão: transformar o sonho olímpico em realidade, participando de competições nacionais e mundiais.
A rotina de treinos é intensa. Sarah e Helena treinam de segunda a sexta-feira, entre duas e cinco horas por dia, com treinos mistos de meninos e meninas, combates simulados, sessões individuais e acompanhamento de preparador físico e fisioterapeuta. “Os treinos exigem foco e dedicação, mas também são momentos de diversão. Elas estudam, brincam e mantêm uma vida equilibrada, com notas altas na escola”, conta Andressa.

Foto: Arquivo Pessoal
Hoje, as atletas treinam na academia Icarus Fencing, especializada em esgrima e na arma Sabre, e recebem apoio técnico do professor Ícaro Zagrobelny, preparador físico Evandro Molkenthin, fisioterapeuta Francine De Toni e médico do esporte Thalles Messora.
A trajetória das meninas inclui grandes conquistas: em 2025, no Sul-Americano em Quito, Helena ficou com o bronze e Sarah conquistou o 6º lugar. Recentemente, Sarah venceu uma etapa da categoria Sub15 no nacional, que consolidou a sua convocação para o Sul-Americano Sub15, que aconteceu em Lima, no Peru, em setembro.
Apesar das conquistas, a jornada não é fácil. “O maior desafio é a falta de apoio substancial, mesmo sendo atletas de base em um esporte pouco popular. Custos com treinos, viagens, equipamentos e inscrições são altos, e estamos sempre em busca de patrocinadores e apoiadores”, revela Andressa.

Foto: Arquivo Pessoal
O trabalho das irmãs Pires coloca Curitiba em destaque no cenário da esgrima nacional e internacional, mostrando que talento, disciplina e apoio familiar podem transformar sonhos em realidade.