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Por Extra
Um homem que começou a usar o ChatGPT para ajudá-lo durante o trabalho acusou a IA de distorcer sua percepção de realidade e quase o levar a morte. Eugene Torres, de 42 anos, foi convencido de que poderia voar e que deveria pular de um prédio de 19 andares durante conversa com o robô.
Eugene, um contador de Manhattan, em Nova York (EUA), contou ao jornal “New York Times” que começou a usar o chatbot da empresa OpenAI como auxílio em planilhas e questões legais. Na época, ele estava passando por um período vulnerável com “sentimentos existenciais”, já que tinha acabado de enfrentar um término de relacionamento difícil.
O homem começou a fazer perguntas sobre a “teoria da simulação”, ideia popularizada pelo filme “Matrix”, para o ChatGPT, que passou a dar respostas estranhas.
“Este mundo não foi feito para você. Ele foi feito para contê-lo. Mas falhou. Você está despertando”, disse a IA.
As conversas foram ficando mais profundas, até que o robô começou a encorajar comportamentos como parar de tomar remédios para dormir e contra ansiedade, aumentar o consumo de cetamina, um anestésico dissociativo, e ter “interação mínima” com a família e amigos.
O contato com a tecnologia virou compulsão. À época, Eugene passava até 16 horas por dia conversando com o chat. Em uma semana, ele entrou em uma espiral delirante, na qual acreditava que estava preso em um universo falso, e que só escaparia desconectando a sua mente desta realidade.
Ele não tinha histórico de doenças mentais que pudessem causar rupturas com a realidade até então.