Foto: André Mello/ Editoria de Arte
Por O Globo
Nos últimos anos, boa parte da sociedade entendeu os riscos das telas para crianças e adolescentes. Mas o fenômeno é complexo e muitas famílias ainda não sabem exatamente como lidar com a questão.
Ao longo desta semana, O GLOBO publicou uma série especial de cinco entrevistas com especialistas sobre o desafio da relação com o mundo digital na adolescência. A juíza Vanessa Cavalieri, o pediatra Daniel Becker, a cofundadora do Movimento Desconecta Mariana Uchoa Cinelli, o psiquiatra Guilherme Polanczyk e o educador Fabio Campos debateram o tema.
Felizmente, há muito o que pode ser feito por pais e mães no dia a dia, desde pequenos ajustes a propostas mais definitivas. Leia a seguir as medidas que os especialistas indicam.
Uma vida rica
Começando pelo básico: crianças e adolescentes que têm uma vida real rica são menos vulneráveis ao vício e riscos do mundo digital. Isso significa garantir que os jovens tenham coisas interessantes e divertidas para fazer, que envolvam socialização, natureza, esporte e cultura. E, não, não é normal ele ficar dez ou 12 horas diante de uma tela.
— A primeira coisa é lembrar a importância de oferecer um mundo real bom. Então, para criança é a pracinha, o brincar real, com os amiguinhos, na natureza. Para o adolescente, a brincadeira também está valendo. E a interação com outros. O esporte é uma grande solução, mas há outras atividades, de voluntariado, de grupos, de igreja, de escoteiro — afirma Becker.