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‘Se Marília Mendonça partiu, tudo pode acontecer’: Como a tragédia fez artistas repensarem carreiras

22 de julho de 2025

Foto: g1

Por g1

Em apenas seis anos como cantora, Marília Mendonça bateu recordes e se tornou o nome mais popular da música no Brasil. Mas sua carreira foi tragicamente interrompida no dia 5 de novembro de 2021, quando a artista morreu aos 26 anos em um acidente de avião, a caminho de um show em Minas Gerais. Uma notícia que chocou o país e, em especial, o meio sertanejo.

Nesta terça-feira (22), dia em que Marília Mendonça completaria 30 anos, o g1 lança o podcast “Marília – O Outro Lado da Sofrência”, sobre o impacto permanente da cantora na cultura brasileira e na vida dos que conviveram com ela. O primeiro episódio mostra como a partida de Marília gerou um trauma no meio musical e transformou a carreira de alguns artistas

Um luto generalizado se instalou no universo sertanejo após o acidente. Artistas entraram em choque, alguns passaram a sentir medo de viajar em turnês, desenvolveram quadros de ansiedade e depressão e mudaram suas rotinas. “Não foi só um momento de perda. Foi um sacode nas pessoas: todo mundo começou a perceber que as coisas podem acabar a qualquer momento”, resume a cantora Luiza Martins:

“Eu acho que ninguém foi o mesmo depois.”

Insegurança

Zé Neto e Cristiano estão entre os artistas que repensaram a carreira em meio à experiência com o luto. “Eu confesso que, às vezes, até sinto dificuldade em ouvir as músicas da Marilia porque não cai a ficha”, diz Cristiano, em entrevista ao g1. “[A morte dela] desencadeou traumas com a estrada, o medo, a insegurança.”

Com hits como “Barulho do foguete”, “Largado às traças” e “Notificação preferida”, Zé Neto e Cristiano ocupam o quinto lugar na lista de artistas mais ouvidos pelos brasileiros na última década, divulgada pelo Spotify no ano passado. Mas, no auge do sucesso, precisaram parar e recalcular a rota: em 2024, os dois ficaram três meses afastados dos palcos porque Zé Neto precisou tratar uma depressão.

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