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Por que Curitiba tem a gasolina mais cara do Paraná mesmo estando próxima de uma refinaria?

27 de maio de 2025

Foto: Reprodução/RPC Curitiba

Por g1

Proprietários de veículos que buscaram por gasolina comum em postos de Curitiba pagaram, em média, R$ 6,95 nos últimos dias.

O preço é o maior do Paraná e R$ 0,67 mais alto que a média do Brasil registrada de 18 a 24 de maio, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Petrobras.

Curitiba também tem o 4º valor de bomba mais caro entre capitais do Brasil – dividindo a posição com Boa Vista (RR) – e a mais elevada entre as capitais do sul. Veja a média entre os três estados, conforme a ANP, também no período de 18 a 24 de maio:

Curitiba, entretanto, fica ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), da Petrobras, instalada em Araucária, na Região Metropolitana. Assim, pode surgir a dúvida: a proximidade não deveria fazer com que o preço do combustível fosse mais baixo?

De acordo com Marcio Lago Couto, economista e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Energia, uma distância menor entre o produto e o mercado consumidor não é uma garantia de valor reduzido.

Postos de combustíveis não podem comprar gasolina diretamente de refinarias, sejam elas federais ou privadas. O processo é intermediado por distribuidoras que fazem o repasse com adição de etanol, por exemplo, e preço alterado.

Em nota enviada ao g1, a ANP informou que cada agente econômico tem liberdade para estabelecer preços de venda, “em um cenário de livre concorrência”.

Ou seja, mesmo que as distribuidoras adquiram gasolina em Araucária – sendo a Petrobras a companhia com maior influência no mercado brasileiro – cada uma pode ajustar o valor conforme a logística desenvolvida na empresa para atender os postos e o valor do etanol.

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