A suspeita de uma inflamação no apêndice levou um morador de Juiz de Fora a descobrir que estava com uma pinça cirúrgica dentro do abdômen. O objeto teria sido esquecido há 15 anos, quando o operário de 41 anos passou por uma cirurgia na barriga. A radiografia feita há menos de uma semana no Hospital de Pronto Socorro (HPS) da cidade mostrou que o objeto, com aproximadamente 16 centímetros de comprimento, estava apontado para o coração do paciente.
Em entrevista ao MGTV nesta segunda-feira (9), Ivanildo de Oliveira contou que nunca sentiu qualquer incômodo que indicasse a existência de um objeto estranho em seu corpo. Em 2002, ele foi internado no Hospital Municipal Silveira Ramos, após ser esfaqueado durante um assalto. A unidade de saúde não existe mais e a equipe do MGTV tentou contato com a administração que estava à frente da prefeitura na época, mas não obteve retorno até esta publicação.
“Na época, passei por uma cirurgia e, como a facada não perfurou nenhum órgão, fui medicado e liberado. Nunca senti nenhuma dor, então nem imaginava que uma pinça poderia ter sido esquecida dentro de mim”, relatou Oliveira.
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Radiografia feita em Juiz de Fora mostra que pinça estava alojada no abdômen de operário com a ponta direcionada para o coração (Foto: Ivanildo de Oliveira/Arquivo Pessoal)
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o operário deu entrada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) na última quarta-feira (4) com dor abdominal. Depois de passar por avaliação, exames identificaram a pinça no abdômen. O instrumento foi retirado no mesmo dia e Oliveira recebeu alta neste domingo (8).
A Secretaria de Saúde informou que aguarda a manifestação do paciente para iniciar a apuração em torno do caso e se coloca totalmente à disposição para ajudar no que for preciso.
Já de alta do hospital, Oliveira resolveu guardar o instrumento como recordação e diz que espera que justiça seja feita.
“Justiça tem que ser feita. Eu acho que foi uma falta de amor ao próximo e poderia ser evitado. Não pelo fato do dinheiro, mas pela negligência do que fizeram, esquecer um objeto dentro do corpo de um ser humano”, afirmou.
Via: G1