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Órfãos da Covid-19: cinco anos após pandemia, jovem relata processo para tentar entender morte da mãe

11 de março de 2025

Foto: Arquivo Pessoal

Por g1

Em 2021, Luisa Mattos estava no início da faculdade de Jornalismo. Entre algumas das expectativas que tinha, era pagar um jantar para a mãe, Deisi Ribinski da Costa Mattos Silva, com o dinheiro do primeiro trabalho. Mas não deu tempo. Deisi nunca pôde saber qual foi o primeiro emprego da filha.

O sonho foi interrompido quando, em abril de 2021, a mãe, que era médica, faleceu após ficar 40 dias internada em Curitiba devido a complicações pela doença.

“Foi tipo aprender a viver de novo. Além de nós vivermos juntas, nós éramos muito próximas. A gente sempre foi. Com a pandemia, vivendo juntas 24 horas por dia, era uma proximidade muito grande. Perdê-la foi realmente aprender a viver de novo”, conta, emocionada.

Naquele ano, Luisa entrou para a estatística de órfãos de pai ou mãe por conta da Covid-19, declarada epidemia global há exatos cinco anos, em 11 de março de 2020. No Brasil, até 6 de março de 2025, foram registrados 39.210.405 casos da doença e 715.295 mortes, de acordo com o Painel Coronavírus. O fim da emergência global foi declarado em 5 de maio de 2023.

Em 2021, no Paraná, 948 crianças e adolescentes perderam algum dos pais para a Covid-19, assim como a estudante. O número representa cerca de um terço do total de 2.666 crianças que ficaram órfãs no estado naquele ano.

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