Foto: Estevão Mamedio/g1
Por g1
“Como coveiro, eu já vi muita história. Casamento, é a primeira vez”. A surpresa de Jocilei Robson França, de 50 anos, é explicada por conta de uma cerimônia pouco convencional, em que o casal Healing e Heryck reuniu amigos e parentes para celebrar a união entre lápides no Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP).
A cerimônia que seguiu a vontade dos noivos e os preceitos da religião que praticam – a noiva e o filho comandam um terreiro em Hortolândia -, teve muito atabaque, cantos e dança, em um cenário que privilegiou o vermelho e preto, inclusive dos convidados.
A cena chamou atenção de quem passava por perto. Ao mesmo tempo em que o casal celebrava sua união, em uma reza conduzida pelo filho da noiva, uma família enterrava seu ente a poucos metros.
“O pessoal pergunta. Estava acabando de fazer um sepultamento, dá uma estranhada por causa do ritual, das músicas, não é do conhecimento [de todo mundo]. A gente fala que é um casamento. Alguns concordam, outros não. O pessoal ali mesmo é evangélico, deu uma estranhada na situação”, relatou Jocilei, que há 15 anos trabalha no local.