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Buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines serão retomadas mais de 10 anos após sumiço

20 de março de 2025

Foto: EPA via BBC

Por g1

O governo da Malásia aprovou nesta quarta-feira (19) uma nova busca pelos destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines, mais de uma década após o desaparecimento da aeronave.

A busca cobrirá uma área de 15 mil km² no Oceano Índico Meridional e será conduzida pela empresa de exploração Ocean Infinity. A empresa só será remunerada se encontrar o avião.

A Ocean Infinity receberá US$ 70 milhões (R$ 396 milhões) se os destroços forem encontrados, anunciou o ministro dos Transportes, Loke Siew Fook.

O voo MH370 desapareceu em 2014 com 239 pessoas a bordo, enquanto viajava de Kuala Lumpur, a capital malaia, para Pequim, na China.

Seu desaparecimento é um dos maiores mistérios da aviação mundial e continua a assombrar as famílias dos passageiros e tripulantes.

Apesar das extensas buscas nos anos seguintes ao seu desaparecimento, nenhum destroço foi encontrado. Esforços anteriores, incluindo uma busca multinacional que custou US$ 150 milhões (R$ 850 milhões), terminaram em 2017.

Os governos dos três países envolvidos — Malásia, Austrália e China — disseram que a busca só seria retomada “caso surgissem novas evidências plausíveis” sobre a localização da aeronave.

Uma busca em 2018 pelos destroços pela mesma Ocean Infinity, sob termos semelhantes, terminou sem sucesso após três meses.

Em dezembro de 2024, o governo da Malásia concordou, em princípio, em retomar a busca, argumentando que há novos indícios considerados “críveis”.

No entanto, as negociações finais só foram concluídas agora em março.

A aprovação final da Malásia nesta quarta-feira agora permitirá que a busca seja iniciada.

“O governo está comprometido em continuar a operação de busca e em proporcionar um encerramento para as famílias dos passageiros do MH370”, afirmaram as autoridades em um comunicado.

O desaparecimento

O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur nas primeiras horas de 8 de março de 2014.

Menos de uma hora após a decolagem, perdeu a comunicação com o controle de tráfego aéreo, e os radares mostraram que a aeronave havia se desviado de sua rota planejada.

Investigadores geralmente concordam que o avião caiu em algum lugar no sul do Oceano Índico, embora o motivo do acidente ainda permaneça desconhecido.

Pedaços de destroços, acreditando-se serem da aeronave, foram encontrados nas costas do Oceano Índico nos anos seguintes ao seu desaparecimento.

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